sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Intouchables





Para se ser feliz é preciso despirmo-nos de preconceitos, eles prendem-nos a outras mentes , outras felicidades que não são as nossas.
Foi o que vi e aprendi ontem com o filme "Untouchables"

Um aristocrata rico, que está paraplégico e que já não tem nada a perder, está à procura de uma pessoa para o acompanhar e ajudar no seu dia-a-dia, está farto de ser tratado como manda a etiqueta, “a etiqueta dos deficientes", decide arriscar e ser acompanhado por um estrangeiro, ex-presidiário, "um negro que vem dos subúrbios".

Este, que vem de uma sociedade duríssima, onde o sentimento de pena é coisa que não existe, mas sabe o que é a cumplicidade, lealdade, o desejo de igualdade.

Onde aparentemente há a falta de respeito com as brincadeiras do Driss, o próprio Philippe aprende a brincar com a sua situação, e dá-lhe espaço, também este respeitando o outro individuo. Driss interessa-se pelo homem incorpóreo e não pelo homem físico e é capaz de lhe proporcionar momentos e emoções que lhe foram retiradas pelos tais preconceitos. Philippe não é doente, está imóvel, de resto é extremamente inteligente e sensível. A sua sensibilidade acaba por contagiar o Driss e o que parecia improvável aconteceu: uma amizade e uma cumplicidade entre os dois de ir às lágrimas. O que antes era improvável, agora é inseparável.

Acho que este filme é altamente pedagógico, para quem pensa que as pessoas que estão incapacitadas fisicamente, também o estão mentalmente ou emocionalmente.

Para quem ainda não viu, recomendo, mesmo, e esqueçam essa coisa do...ah, é francês...o filme é bom em qualquer língua!!



Nota: Eu sei que o filme já saiu há imenso tempo, que já se disse muito sobre ele, e por isso vos poupei à ficha técnica, etc. Eu só tive oportunidade de ir ontem ao cinema e hoje tenho vontade de partilhar o que senti. Pronto tenho dito.

1 comentário:

JOTA ENE ✔ disse...

ººº
Bela dica, Olinda ...

Quem sabe não será o proximo filme a ver !