domingo, 19 de abril de 2009

As aparências iludem

Na nossa sociedade, cada vez mais somos julgados pela aparência, pelo que vestimos, (as marcas, a febre das marcas!?) que carro temos, em que tipo de casa moramos, etc.
Sinais exteriores de riqueza é tudo o que procuramos nas pessoas. A embalagem é que vende o produto.
Já não apresentamos amigos por terem connosco hobbies em comum, gostos pelo mesmo tipo de leitura, musica, desporto, mas sim que cargo desempenham, que carro acabou de comprar, etc!?
"As aparências iludem", é uma expressão muito antiga que faz cada vez mais sentido. E neste vídeo isso está bem patente, como o publico despreza uma pessoa que não conhecem, a não ser só aquela figura que se lhes apresenta ali na frente deles, naquele momento.
Eu não sou melhor que as outras pessoas, na maioria das vezes também julgo pela aparência... neste caso também faria a mesma figura que estes senhores.
Quando visionei este vídeo pela 1ª vez já sabia que ia ser surpreendida, já tinha lido o texto que a seguir se segue, mas mesmo assim... senti vergonha de mim...
Vejam bem este vídeo e sobretudo ouçam-no!!


http://www.youtube.com/watch?v=9lp0IWv8QZY

Don't judge a book by its cover.
Forget her amazing voice and watch how everyone was judging her.
Look at the reaction of the judges and audience when they "HEAR" her!
They are amazed and HAPPY.
The world needs that right now.
Just for anyone to look at this and realize we have to stop
judging people and feeling superior because of how someone looks
is a lesson the world needs.
"GentleSoul4Peace"

3 comentários:

baducha disse...

Susan Boyles contou ao Daily Mirror alguns detalhes: filha mais nova de uma familia de nove irmãos, Susan nasceu de um parto complicado em que sofreu falta de oxigenação, deixando-a com uma grave sequela: dificuldades de aprendizagem. Por esse motivo, tornou-se alvo de chacotas e brincadeiras maldosas de outras crianças quando frequentava a escola.
Cresceu, envelheceu e teve na música o seu único alento na vida. Porém, com problemas de auto-estima, nunca apostou no seu talento natural.

Um pouco antes da sua performance, o programa mostrou uma breve entrevista na qual Susan revelou que vivia sozinha com Pebbles, seu gato de 10 anos de idade. Mais: nunca havia se casado, pior, nunca havia sido beijada na vida!

Pois sim Olinda, as aparências iludem e iludem até os mais pequenos que connosco aprendem o NÃO saber olhar, ver, sentir e aceitar a diferença seja ela fisica, mental, de quereres, de vontades, de valores...

AJF disse...

Olá Olinda. Hoje deixo um comentário. Tens toda a razão no texto que escreves. Cada vez mais é o embrulho que conta e não a prenda, levando-nos a perder imensas prendas de valor apenas porque o embrulho não é cinco estrelas. Eu sei que o aspecto conta, é chamativo, leva-nos a sentir atracção ou "repulsa" por alguém ou alguma coisa, mas somos dotados de inteligência e devemos usá-la porque não podemos fazer juízos prévios com carácter definitivo só pelo aspecto exterior.
Acho interessante ver uma lição a esse propósito, passada subtilmente nos filmes da série Sozinho em casa, mas chamo a atenção para uma situação que se passou neste mesmo programa, com este mesmo júri, há talvez um ano. Nessa altura a estrela doi o Paul Potts. Vale a pena ver no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=1k08yxu57NA . Aqui o preconceito do júri, revelado pelos movimentos e olhares, foi ainda mais notório. Em ambos os casos bastou iniciarem a sua exibição e tudo mudou. Volta-se sempre ao Principezinho: "O essencial é invisível para os olhos, só se vê bem com o coração".
Um beijo.
Tozé

Ana Ferreira disse...

"Viver das aparências é querer fazer uma viagem com um carro sem gasolina."
A. Huxley