Para se ser
feliz é preciso despirmo-nos de preconceitos, eles prendem-nos a outras mentes
, outras felicidades que não são as nossas.
Foi o que vi
e aprendi ontem com o filme "Untouchables"
Um
aristocrata rico, que está paraplégico e que já não tem nada a perder, está à
procura de uma pessoa para o acompanhar e ajudar no seu dia-a-dia, está farto
de ser tratado como manda a etiqueta, “a etiqueta dos deficientes", decide
arriscar e ser acompanhado por um estrangeiro, ex-presidiário, "um negro
que vem dos subúrbios".
Este, que
vem de uma sociedade duríssima, onde o sentimento de pena é coisa que não
existe, mas sabe o que é a cumplicidade, lealdade, o desejo de
igualdade.
Onde
aparentemente há a falta de respeito com as brincadeiras do Driss, o próprio
Philippe aprende a brincar com a sua situação, e dá-lhe espaço, também este
respeitando o outro individuo. Driss interessa-se pelo homem incorpóreo e não
pelo homem físico e é capaz de lhe proporcionar momentos e emoções que lhe
foram retiradas pelos tais preconceitos. Philippe não é doente, está imóvel, de
resto é extremamente inteligente e sensível. A sua sensibilidade acaba por
contagiar o Driss e o que parecia improvável aconteceu: uma amizade e uma
cumplicidade entre os dois de ir às lágrimas. O que antes era improvável, agora
é inseparável.
Acho que
este filme é altamente pedagógico, para quem pensa que as pessoas que estão
incapacitadas fisicamente, também o estão mentalmente ou emocionalmente.
Para quem
ainda não viu, recomendo, mesmo, e esqueçam essa coisa do...ah, é francês...o filme
é bom em qualquer língua!!
Nota: Eu sei
que o filme já saiu há imenso tempo, que já se disse muito sobre ele, e por
isso vos poupei à ficha técnica, etc. Eu só tive oportunidade de ir ontem ao
cinema e hoje tenho vontade de partilhar o que senti. Pronto tenho dito.
1 comentário:
ººº
Bela dica, Olinda ...
Quem sabe não será o proximo filme a ver !
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