quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dia da Mãe



Desejo que todas as mãe sejam tão felizes como eu sou



Ser mãe
É amar
Antes de o ser
É sentir orgulho
No ventre
Que vai crescer
Ser mãe… não é parir
É muito, muito mais
É amar… dar
Sofrer … perdoar
É mentir para salvar

Mas… ser mãe
Também é receber
É colher o amor
Que semeou
É sentir o amor
De quem sempre amou
Ser mãe …é correr
Antes de ser chamada
Beijar … antes de ser beijada
Perdoar… ainda que nunca
Seja perdoada!
"cly"

sexta-feira, 24 de abril de 2009

25 de Abril



25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen"



Revolução do 25 de Abril de 1974
Também denominada por Revolução dos Cravos, a revolução do 25 de Abril decretou o fim da ditadura do Estado Novo.A revolução foi pensada, programada e levada a cabo por um grupo de militares descontentes com o regime e a situação militar resultante da guerra colonial.
Estes militares, na sua maioria capitães, uniram-se no chamado "Movimento das Forças Armadas" (MFA), e na madrugada do dia 25 tomaram os principais pontos estratégicos da capital. "Na tarde desse mesmo dia, o presidente do Conselho, Marcelo Caetano, rende-se no Quartel do Carmo, cercado pelos carros de combate do capitão Salgueiro Maia".
A população apoiou desde o primeiro minuto o MFA, facto que se tornou decisivo para a vitória do movimento. O povo percebeu que os capitães tinham a vontade de restaurar liberdades há muito perdidas e enterrar um regime podre e caduco.
Com a revolução dos cravos regressam as liberdades de opinião, de expressão e de imprensa. Fala-se sem medo de ser punido por aquilo que se diz e pensa.


"Grândola, Vila Morena" é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime salazarista como uma música associada ao Comunismo. Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a canção era transmitida na Rádio Renascença, a emissora católica portuguesa, como sinal para confirmar as operações da revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada, bem como ao início da Democracia em Portugal.

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade


... E agora uma viajem com Cristina Sampaio - 25 de Abril: Fora de Moda



http://vimeo.com/4317883

domingo, 19 de abril de 2009

As aparências iludem

Na nossa sociedade, cada vez mais somos julgados pela aparência, pelo que vestimos, (as marcas, a febre das marcas!?) que carro temos, em que tipo de casa moramos, etc.
Sinais exteriores de riqueza é tudo o que procuramos nas pessoas. A embalagem é que vende o produto.
Já não apresentamos amigos por terem connosco hobbies em comum, gostos pelo mesmo tipo de leitura, musica, desporto, mas sim que cargo desempenham, que carro acabou de comprar, etc!?
"As aparências iludem", é uma expressão muito antiga que faz cada vez mais sentido. E neste vídeo isso está bem patente, como o publico despreza uma pessoa que não conhecem, a não ser só aquela figura que se lhes apresenta ali na frente deles, naquele momento.
Eu não sou melhor que as outras pessoas, na maioria das vezes também julgo pela aparência... neste caso também faria a mesma figura que estes senhores.
Quando visionei este vídeo pela 1ª vez já sabia que ia ser surpreendida, já tinha lido o texto que a seguir se segue, mas mesmo assim... senti vergonha de mim...
Vejam bem este vídeo e sobretudo ouçam-no!!


http://www.youtube.com/watch?v=9lp0IWv8QZY

Don't judge a book by its cover.
Forget her amazing voice and watch how everyone was judging her.
Look at the reaction of the judges and audience when they "HEAR" her!
They are amazed and HAPPY.
The world needs that right now.
Just for anyone to look at this and realize we have to stop
judging people and feeling superior because of how someone looks
is a lesson the world needs.
"GentleSoul4Peace"

sexta-feira, 3 de abril de 2009

WPC e Bordalo no Sintra Museu de Arte Moderna Colecção Berardo

A exposição de trabalhos seleccionados para o World Press Cartoon Sintra 2009 vai uma vez mais acontecer no Sintra Museu de Arte Moderna Colecção Berardo, ocupando todo o primeiro andar do belíssimo edifício dos anos 20 do século passado. Este ano, o World Press Cartoon terá a companhia, no piso térreo, de uma rara retrospectiva do trabalho gráfico e da cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro. As duas exposições estarão abertas ao público entre 18 de Abril e 14 de Junho. O Sintra Museu de Arte Moderna Colecção Berardo fica na Avenida Heliodoro Salgado, em 
Sintra.



Ameaça... ou oportunidade?
Antes de haver fotografias nos jornais, já havia caricaturas e cartoons. A agressividade crítica dos grandes caricaturistas do século XIX não encontra paralelo nos dias de hoje, quando somos muito mais comedidos na forma de abordar as personagens, os acontecimentos e os traços culturais que distinguem os povos. A chegada da fotografia não ameaçou a caricatura. Pelo contrário, foi uma oportunidade para abrir caminho a um jornalismo mais visual, onde o comentário através do cartoon casou na perfeição com o fotojornalismo. Os jornais diversificaram-se, conquistaram novos públicos e afirmaram-se, por todo o mundo livre, como referência democrática de cidadania.
Ventos adversos castigam actualmente a imprensa es­­crita na Europa e nas Américas. Não se trata de ameaças à liberdade de expressão por via de medidas censórias ou do controlo de regimes totalitários. O perigo, desta vez, parece vir da própria cidadania: os leitores estão a abandonar os jornais!
Títulos que fecham, as tiragens e as vendas em queda livre, as receitas de publicidade e de assinaturas em retracção permanente. Será que o cartoon vai ser uma das primeiras baixas desta crise global da imprensa do mundo livre? A ameaça aí está. Mas pode ser transformada em oportunidade.
Cartoons, caricaturas, desenhos de humor, têm nas nossas vidas um lugar insubstituível. Porque são a ponte natural entre os dramas do quotidiano e aquele sorriso que nos faz sentir que há uma saída para tudo. E há mesmo.
Cortar na qualidade do jornalismo e da oferta dos jornais, de que os cartoons são parte essencial, não vai ajudar a imprensa a sobreviver. Pelo contrário, será reforçando a qualidade dos jornais – lendo em permanência os interesses e tendências dos públicos – que se poderá atravessar este vendaval de perdas. O que estamos a viver não é mais do que um ajustamento natural a novos tempos.
Seja pela integração equilibrada de edições em papel e edições on-line, seja pela reestruturação de conteúdos e modelos de produção, há já muitos bons exemplos de sucesso por esse mundo fora. Nenhum deles prescindiu dos desenhos de humor nas suas páginas.
Para os cartoonistas são, portanto, tempos de adaptação a uma nova relação com os jornais e os seus públicos. Também eles precisam de olhar o futuro com confiança, integrando no seu trabalho (a par dos valores imperecíveis da liberdade, dos direitos humanos e da democracia) novos elementos críticos, em sintonia com os interesses dos que os lêem e vêem. Quem melhor do que os criadores para responder criativamente às adversidades?...A selecção final do júri do salão de 2009 do World Press Cartoon prova a vitalidade do cartoon editorial nas sete partidas do mundo. Os factos e os protagonistas de um ano inteiro da vida da nossa aldeia global em 401 desenhos, vindos de 62 países, publicados por 273 jornais que se exprimem em dezenas de línguas diferentes. Uma mesma pessoa não seria capaz de ler as notícias que vêm nesses jornais todos. Mas todos podemos ver (e entender) estes cartoons e caricaturas. A linguagem do desenho de humor na imprensa é mesmo universal!